terça-feira, 11 de setembro de 2007

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

QUI AMAT PIRICULUM IN ILLO PEREBIT

















Conjunto Carminha, Tabuleiro dos Martins, Maceió/AL. Falta de infra-estrutura no desenvolvimento urbano da cidade... Descaso com a população...

terça-feira, 17 de julho de 2007

MINHA PRAIA PREDILETA

Minha infância se fez aqui... na praia da Avenida... Adorava vir pra praia... jogar bola (coisa que eu não conseguia fazer), caçar Tatuí, construir castelos, correr, tomar banho de mar... Nesse dia, lembro muito bem, não queria mergulhar – a água estava muito fria demais... Minha mãe, fotografando, pedia que eu mergulhasse, pra tirar a areia do corpo, mas, teimoso, não fui... Alguns anos após, a quantidade de lixo e esgoto, que a cidade vomitaria nessas areias tão brancas, tornariam inviável o banho... A não ser naquele belo domingo de eleição, onde a prefeita Kátia Born, durante um mês inteiro coibindo o lixo e o esgoto, clorando as águas vindas do que resta dos mananciais, mergulhou.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

domingo, 8 de julho de 2007

A LAMA NOSSA DE CADA DIA

O homem pega sua canoa, dois remos compridos, com sacos de nylon trançados de uns 20 litros, cheios de garrafas PET tapadas vazias, pendurados e ligados por uma corda, rema até entre 50 a 100 metros da orla, onde enfinca os remos juntos na lama do fundo das águas escuras da lagoa e amarra a canoa na ponta deles. A partir de que sente que está bem amarrada o homem mergulha, vai lá no fundo, são mergulhos de 2 a 2,5 metros de profundidade, enfia suas duas mãos, cavando um buraco, na lama e ergue a massa em direção ao seu peito e sobe rapidamente para a superfície, levanta a massa até a altura da borda da canoa e joga para dentro o volume de lama que fora possível trazer. E volta a mergulhar, dezenas de vezes, enquanto a canoa começa a afundar com o peso de tanta lama, fica flutuando graças aos sacos com garrafa PET que agem como bóias; entre vários mergulhos, apalpa agressivamente a lama, separando-a do marisco fino e comprido, em cachos; e mais esporadicamente, sobe na canoa e movimenta os pés em ‘pedaladas’ consistentes, diluindo a lama que se esvai com o movimento das águas, nesse momento o movimento de suas pernas lembra um motor, liquidificando aquela porção heterogênea, separando o sururu da lama. Isso durante 4 a 6 horas por dia, todos os dias. O pescador de sururu de Maceió e a lama da lagoa Mundaú têm a benção eterna do cotidiano paralelo: como o pássaro que mergulha pra caçar, como o caranguejo que vive mais intensamente a lama, hora afundado, hora emergido, hora entocado, hora escondido, enfim, mergulha pra ganhar o seu pão.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

FOTOS SOBREPOSTAS
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FOTOS SOBREPOSTAS
...
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OUTRA FOTO-FUNDIDA
Enquanto isso, na sala da justiça...
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UM ENGANO: UM RETORNO MAGNÍFICO

segunda-feira, 25 de junho de 2007

TREMINHÕES



Reclamo demais do mundo. Não gosto da evolução. Detesto o trânsito. Acho o fim da picada o que aconteceu com as ferrovias brasileiras - viraram sucatas - enquanto as indústrias de caminhões faturam milhões e tornam as estradas mais perigosas e esculhambadas, além da poluição desses novos dragões, em alta velocidade, cortando o Brasil de norte a sul. Esse da foto tem 21 metros de comprimento, saiu de repente do meio do canavial. É realmente um 'treminhão', um gigante afrontando um universo de nanicos. O gigante com cargas e os nanicos com famílias. O gigante, que deveria estar sobre trilhos, aterroriza e desasossega. O nanico, coitado, é esmagado se se meter a besta. Mas a besta é o Satanás, é um ícone do mal, é o monstro... Não existe graça nas façanhas desequilibradas pelo fascínio do consumismo urbano... A segurança que os humanos criaram para si diante a natureza transformou-se em sua principal ameaça... E... agora... voltar a natureza é uma missão impossível. A urbanidade é tudo para todos. Das cidades ninguém quer sair... Virar bicho novamente ?!... Nem pensar... Em verdade nós nem sequer sentimos mais nossa função animal... somos além animais... muito mais que qualquer coisa... Criamos nossos próprios Deuses e a independência do pensar... A lei de Darwin: os mais fortes sobreviverão... Sinto-me uma formiguinha, sozinha, rodopiando com minhas migalhinhas e sempre voltando para o meu lar... Assisto na televisão as autoridades, os mitos e a sedução de uma publicidade racista, preconceituosa, negligente e canalha, de linguagem chula, a humilhar os milhares de miseráveis que também habitam este mesmo mundo... Não adianta ! Todos os políticos só querem 'se dar bem', aquela coisa da lei de Gerson, que só gosta de levar vantagem... É insuportável assistir a esmagadora realidade dos pequenos nesse universo: dos pequeninos automóveis diante esses monstruosos 'treminhões' nas estradas aos miseráveis das grotas e beira de mangue diante esses políticos e empresários em suas extravagantes ações desleais e egocêntricas...

terça-feira, 3 de abril de 2007

Calçadas abandonadas

As calçadas são vias exclusivas para pedestres (e é claro paralíticos), mas essa lei não é respeitada. Têm calçadas em Maceió transformadas em mil e uma coisas: estacionamento, bar, jardim, comércio, vitrine, placas, canos, postes, enfim, o pedestre que se vire, muitas vezes em vias de trânsito rápido e intenso, tendo que desviar pela pista, correndo o risco de acidentar-se, porque aquele espaço está invadido. Eu, sinceramente, nunca vi qualquer ação contra essa invasão por conta de prefeitura ou governo. Acho mesmo que a partir de um certo grau na rede hierárquica da desigualdade social, estes elementos que estão acima, quer dizer, passam a ter mais dinheiro em suas contas, deixam por completo de ‘andar’ pelas ruas; compram seus automóveis belíssimos, últimos tipos, tetracombustível, etc, e, no máximo, dão uma corridinha pela praia... Tem ainda desses sujeitos e sujeitas que se acham no direito de tais invasões: humilham os que reclamam, ameaçam, desdenham, chegam mesmo a agredir a quem reclame. As vias urbanas realmente são projetadas para os automóveis, a visão pública (política) para os que caminham é absolutamente inoperante. Houve o tempo da bohemia que caminhava pela cidade, de esquina em esquina, cada quarteirão. A população vivia a cidade, transpirava a cidade. Hoje a cidade alastrou-se, inflamou-se de luxo e miséria, nos platôs e nas encostas, num protótipo de qualquer cidade que se urbanizou... A urbanidade tem consequências trágicas, em sua estrutura física e em sua estrutura pulsante... Não há um equilíbrio existencial, não há uma sintonia entre os elementos básicos, nem há conivência entre as camadas sociais humanas. Nos menores detalhes é onde podemos tocar nessa ferida, é quando há o encontro e automaticamente o desencontro, quando alguém está ali mas este alguém é ninguém, não faz parte do seu mundo.

quinta-feira, 29 de março de 2007

A esperança flutua na corda bamba da vida

Estou preparando o jornal "URBANO", que já vai para a sua sexta edição. Em primeira mão o editorial:

O LÚDICO E O ÓCIO


O Homem só é inteiramente humano
quando brinca” (Friedrich von Schiller)


É de cortar o coração. Conhecer o que dizem os especialistas em Meio Ambiente com relação ao futuro de Gaia. O futuro do planeta Terra. Da persistência humana na Terra. Do desastre a um passo de nós. O caos apocalíptico em pleno vigor existencial de nossos filhos, condenados pela evolução cosmopolita. Pelos maus tratos ao ecossistema global, pelas atrocidades bélicas e bestiais nas guerras santas - “deuses com sede de sangue” -, pelo descontrole governamental dessa mamata corrupta da política democrática, pelo segredo do misterioso mapa cósmico e da nave, que como a Barca de Noé, flutuará pelo Universo sem fim, com aquele grupinho de humanos que todos sabemos quem são. E nada podemos fazer. Algo que possa adiar por mais um dia, pelo menos... talvez algumas horas, sei lá... O que posso fazer para parar realmente com as queimadas e desmatamento, organizar o lixo e o esgoto industrial e social, despoluir o ar, polir as almas harmonizando as relações - transformar o tétrico em lúdico ? - ? É horrível nos sentirmos ninguém diante calamitosa realidade. Um sentido de impotência estampa em nossos semblantes diante vitrines aquários, transmissões ao vivo, quinhões latifundiários, ricos e milionários a bem viver o luxo superficial do conforto e a embreaguez em êxtase sintético.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Vivendo a aprendendo a 'jogar'

"pára carro, pára tudo. Quando já não há tempo... pára apito, pára grito; e o menino deixa a vida pela bola, só se não for brasileiro nessa hora..."(Novos Baianos)

Estou abrindo este blog na intensão de agregar-me a circuitos a que pertenci e há tempos tão distante fiquei, também minhas novas relações, um espaço onde posso ser um pouco de mim a cada dia... tá valendo...