terça-feira, 17 de julho de 2007

MINHA PRAIA PREDILETA

Minha infância se fez aqui... na praia da Avenida... Adorava vir pra praia... jogar bola (coisa que eu não conseguia fazer), caçar Tatuí, construir castelos, correr, tomar banho de mar... Nesse dia, lembro muito bem, não queria mergulhar – a água estava muito fria demais... Minha mãe, fotografando, pedia que eu mergulhasse, pra tirar a areia do corpo, mas, teimoso, não fui... Alguns anos após, a quantidade de lixo e esgoto, que a cidade vomitaria nessas areias tão brancas, tornariam inviável o banho... A não ser naquele belo domingo de eleição, onde a prefeita Kátia Born, durante um mês inteiro coibindo o lixo e o esgoto, clorando as águas vindas do que resta dos mananciais, mergulhou.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

domingo, 8 de julho de 2007

A LAMA NOSSA DE CADA DIA

O homem pega sua canoa, dois remos compridos, com sacos de nylon trançados de uns 20 litros, cheios de garrafas PET tapadas vazias, pendurados e ligados por uma corda, rema até entre 50 a 100 metros da orla, onde enfinca os remos juntos na lama do fundo das águas escuras da lagoa e amarra a canoa na ponta deles. A partir de que sente que está bem amarrada o homem mergulha, vai lá no fundo, são mergulhos de 2 a 2,5 metros de profundidade, enfia suas duas mãos, cavando um buraco, na lama e ergue a massa em direção ao seu peito e sobe rapidamente para a superfície, levanta a massa até a altura da borda da canoa e joga para dentro o volume de lama que fora possível trazer. E volta a mergulhar, dezenas de vezes, enquanto a canoa começa a afundar com o peso de tanta lama, fica flutuando graças aos sacos com garrafa PET que agem como bóias; entre vários mergulhos, apalpa agressivamente a lama, separando-a do marisco fino e comprido, em cachos; e mais esporadicamente, sobe na canoa e movimenta os pés em ‘pedaladas’ consistentes, diluindo a lama que se esvai com o movimento das águas, nesse momento o movimento de suas pernas lembra um motor, liquidificando aquela porção heterogênea, separando o sururu da lama. Isso durante 4 a 6 horas por dia, todos os dias. O pescador de sururu de Maceió e a lama da lagoa Mundaú têm a benção eterna do cotidiano paralelo: como o pássaro que mergulha pra caçar, como o caranguejo que vive mais intensamente a lama, hora afundado, hora emergido, hora entocado, hora escondido, enfim, mergulha pra ganhar o seu pão.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

FOTOS SOBREPOSTAS
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FOTOS SOBREPOSTAS
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OUTRA FOTO-FUNDIDA
Enquanto isso, na sala da justiça...
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UM ENGANO: UM RETORNO MAGNÍFICO